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30.6.05

Da Justiça no Mundo

O Mundo é injusto.

"Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade. " (Declaração Universal dos Direitos do Homem, proclamada pela Assembleia Geral da ONU a 10 de Dezembro de 1948).

Todos os seres humanos deveriam nascer livres e iguais em dignidade e em direitos, de facto, mas não nascem! Por regra, quem nasce no Norte do nosso planeta tem muito maiores possibilidades de se realizar completamente como pessoa do que quem nasce no Sul.

As preocupações de um norte-americano ou de uma francesa incluem a obtenção de um emprego que se ambiciona rendoso, a compra de uma casa que se deseja farta, a formação de um filho que se sonha culto. Já as preocupações de uma etíope ou de um somali incluem a obtenção de um alimento que sacie, a compra de um medicamento que cure, a protecção de um filho que amanhã se deseja vivo. É isto justo?

Todos temos o fraterno dever – dever! – de nos unirmos na ajuda ao próximo. Um dever pelos direitos de todos nós. Conseguirá alguém ser feliz quando vê um igual sofrer?

Descobri há tempos a MAKEPOVERTYHISTORY e logo com ela me solidarizei. Uma conglomeração de instituições políticas, religiosas, sindicais, estudantis, ONGs e também organizações ligadas a alguns governos, instituições com certeza com tanto de ricas quanto de diferentes, mas que se juntaram para, de alguma forma, tentar dar cumprimento a um sonho comum: um Mundo mais justo.

A leitura do Manifesto desta associação incomoda – é que as soluções são conhecidas há tanto tempo! 1) Maior justiça no comércio mundial; 2) Perdão da dívida dos países pobres; 3) Maior, e melhor, ajuda ao desenvolvimento. Ponto a ponto:

1) Só acabando com o proteccionismo existente nos países abonados podemos ter um mundo solidariamente mais rico e mais justo. O fim dos subsídios ao comércio autóctone (patrocinados pelas maiores potências económicas) e o termo dos entraves à entrada de produtos e de serviços oferecidos pelos países indigentes são as melhores formas de “financiar” a ajuda ao desenvolvimento nestes países.
2) Tem de se compreender e aceitar, pragmaticamente, que as dívidas destes países não podem ser pagas, já que isso porá sempre em causa o seu desenvolvimento futuro. Temos de ser clementes, temos de esquecer os erros cometidos por estes países – sobretudo pelos governos destes países… –, e temos de saber perdoar.
3) Devemos prosseguir, melhorando-a, a ajuda ao desenvolvimento dos países que necessitam de maior apoio. É necessária ajuda médica e alimentar, mas também apoio infraestrutural, industrial e empresarial.

Tudo é pouco quando se necessita de tanto. Os três passos propostos pela MAKEPOVERTYHISTORY são relativamente pequenos para as potências económicas mundiais mas, acredito, representariam um pulo gigante na melhoria de vida das populações mais carenciadas.

É, por tudo, nosso dever, deve ser nosso inalienável direito, vivermos todos num Mundo mais justo.

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