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11.1.05

In the Beginning God created... the music?

Nos meus tempos de estudante de liceu, lembro-me de aprender como era constituída toda a matéria: por átomos. Olhando para dentro do átomo, deparávamo-nos com um núcleo constituido por protões (com carga positiva) e neutrões (carga neutra), "girando" à sua volta partículas carregadas negativamente, os electrões.

Desde aí até hoje, muito se avançou. As experiências com aceleradores da partículas conseguiram já identificar, directa e indirectamente, imensas partículas elementares. Esqueçamos as que aprendemos na escola. Agora os protões e neutrões são constituídos por particulas ainda mais pequenas: os quarks. Mas há mais.

Há os bosões (gravitões, fotões, gluões), os fermiões (leptões, quarks). A lista inclui 19 partículas elementares (uff!), 17 das quais já foram identificadas - de forma directa ou indirecta - experimentalmente. Mas ainda há mais.

Estes modelos físicos têm um problema. É que não há um só modelo, há dois. E, pior, são incompatíveis. O primeiro é a mecânica quântica, que descreve "o mundo das coisas muito pequenas". O segundo é a relatividade geral, que descreve "o mundo das coisas muito grandes". Um contraria o outro, e é nesse dilema que vivem os físicos teóricos actuais.

Qual a solução encontrada? Tudo são cordas.

A teoria das supercordas é considerada como a forma de unificação das leis da natureza, através da incorporação dos dois modelos mencionados anteriormente num único. Muito basicamente, esta teoria postula o seguinte: se analisarmos ao "microscópio" cada uma das 19 partículas fundamentais de que falei anteriormente, chegamos ao encontro de uma corda unidimensional, que passa a ser a unidade individual básica de todas as partículas, de toda a matéria.

No fundo somos todos um conjunto de cordas que, vibrando em harmonia, formamos um todo estável e (quem diria?!)... musical!

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