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8.9.04

Solidariedade

As próximas linhas que escrevo baseiam-se num estudo sobre a eficiência das políticas de solidariedade apresentado nas conferências do Banco de Portugal, em Março passado. Retiro as linhas de um artigo de Luís Miguel Viana, hoje, no DE.

"Apenas um terço das pessoas que as recebem [pensões mínimas] é pobre"
"as pensões mínimas são instrumentos de solidariedade caros e ineficazes"
"só 31,25 por cento das pessoas que vivem em agregados familiares recebendo pensões mínimas são pobres"
"41,6 por cento dos agregados que as recebem constituem menos de metade dos rendimentos totais do agregado"
"segundo os mesmos critérios, mais de 90 por cento dos beneficiários do Rendimento Mínimo Garantido eram, efectivamente, pobres"

No meio de promessas de aumento das pensões mínimas (e parece que em Espanha Zapatero vai triplicar o valor das mesmas - medida que afectará 3 milhões de pessoas) é importante compreender se estamos a ajudar quem mais precisa. O que se nota é que muitos dos beneficiados com as pensões não são "velhinhos e pobrezinhos" como se pensa, mas são pessoas sem necessidade de ajuda, com bens materiais mais que suficientes para manterem uma vida confortável. Para estes a pensão são "apenas" mais 40 contitos ao fim do mês, a juntar ao resto.

Ser solidário é ajudar quem mais precisa, e uma boa política de solidariedade social deve descobrir os que estão em más condições e ajudar esses. Ajudar quem não precisa é roubar os miseráveis. Quero ajudar, não quero o dinheiro dos meus impostos mal gasto.

Pelo que se vê, muito vai mal nas políticas de solidariedade em Portugal.

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