6.9.04
Pedro Homem de Mello nasceu há cem anos
Povo que lavas no rio
Que talhas com teu machado
As tábuas do meu caixão
Há-de haver quem te defenda
Quem compre o teu chão sagrado
Mas a tua vida não
Fui ter à mesa redonda
Beber em malga que esconda
Um beijo de mão em mão
Era o vinho que me deste
Água pura em fruto agreste
Mas a tua vida não
Aromas de urze e de lama
Dormi com eles na cama
Tive a mesma condição
Povo, povo eu te pertenço
Deste-me alturas de incenso
Mas a tua vida não
O "maior dos poetas menores", como um dia lhe chamou Eugénio de Andrade, nasceu há 100 anos, no Porto. Imortalizado pelo "Povo que lavas no rio" (contando com a preciosa ajuda da nossa Amália...), é um poeta que vale a pena recordar e conhecer a sua obra.
Povo que lavas no rio
Que talhas com teu machado
As tábuas do meu caixão
Há-de haver quem te defenda
Quem compre o teu chão sagrado
Mas a tua vida não
Fui ter à mesa redonda
Beber em malga que esconda
Um beijo de mão em mão
Era o vinho que me deste
Água pura em fruto agreste
Mas a tua vida não
Aromas de urze e de lama
Dormi com eles na cama
Tive a mesma condição
Povo, povo eu te pertenço
Deste-me alturas de incenso
Mas a tua vida não
O "maior dos poetas menores", como um dia lhe chamou Eugénio de Andrade, nasceu há 100 anos, no Porto. Imortalizado pelo "Povo que lavas no rio" (contando com a preciosa ajuda da nossa Amália...), é um poeta que vale a pena recordar e conhecer a sua obra.