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15.9.04

As comunicações mais caras da Europa

Em relação ao elevado preço das comunicações em Portugal, apesar de já não haver a desculpa "do Estado, ineficiente, corrupto e burocrático", nem "da situação monopolista, antiliberal e anticoncorrencial", pois o monopólio foi "extinto, [e] a concorrência tolerada", ainda assim, como nos diz António Barreto, as chamadas são as mais caras da Europa:

"Fiz as comparações entre chamadas locais, regionais, nacionais e internacionais, durante horas de trabalho e à noite, de fixo para fixo, de fixo para móvel, de móvel para fixo e de móvel para móvel, com "roaming" assinado em Portugal e com móveis estrangeiros, durante a semana e no fim-de-semana, de Portugal para o estrangeiro e do estrangeiro para Portugal. Os resultados, facturas na mão, não desmentem: em praticamente todos os sectores e todos os segmentos, as chamadas em Portugal são as mais caras! As ligações à Internet são as mais caras! As assinaturas são das mais caras!"

Estou a ler um livro, que estou a usar no meu estudo de preparação para PhD, intitulado "Handbook of Telecommunication Economics, Volume 1 - Structure, Regulation and Competition". Da sua leitura (estou quase no final) concluo que há imensa - e profunda - investigação nesta área (em especial nos Estados Unidos, como é comum, mas também noutros países), e que de facto é necessário fazer um trabalho específico em Portugal para perceber o que se passa. Haverá mesmo concorrência? Haverá "tacit collusion" (conluio tácito) entre operadores? Haverá excessivo poder de mercado por parte do incumbente (Portugal Telecom)?

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