22.1.04
Imigração
A imigração vai ser um dos temas mais importantes com que a Europa se vai debater nos próximos tempos. Portugal é disso exemplo.
Fomos (e somos) um país de emigrantes. As reduzidas possibilidades económicas do país, ao longo do século XX, levaram a que muitos milhões de portugueses saíssem do seu país de origem, e rumassem ao desconhecido, na busca de um futuro melhor para si e para os seus. "Invadiram" a França, o Canadá, e muitos outros países.
Vivemos durante muito tempo do trabalho que nos era dado pelos outros. Estávamos a roubar o trabalho dos outros? Estávamos a piorar as condições de vida dos autóctones para podermos nós melhorar a nossa? Eramos criminosos?
Claro que não. Nós trabalhavamos para singrar na vida, e eles empregavam-nos porque fazíamos o que eles não queriam, e eramos empregados honestos e responsáveis.
E agora?
Agora o fluxo é contrário. Apesar de continuarmos a ser um país de muitos emigrantes, começamos a ser também um país de imigrantes. Do Brasil, dos PALOP, agora dos países do Leste (moldavos, ucranianos...), pessoas - muitas delas com formação académica - fogem dos seus países na busca do mesmo que nós buscávamos: melhores condições de vida.
E que fazemos nós?
Queixamo-nos de que nos roubam o emprego. De que fizeram aumentar a criminalidade.
Será isto justo?
Em minha opinião, nem pensar. Os imigrantes são hoje importantíssimos para o nosso país, assim como para a Europa como um todo (como bem lembrou o Governador do Banco de Portugal, Vitor Constâncio). Precisamos deles para:
1. fazerem o que nós não fazemos;
2. descontarem para a segurança social para ajudarem a pagar as nossas reformas;
3. pagarem impostos para enriquecer o país.
Há dias vinha no Público uma notícia que informava do acréscimo económico que significou a presença dos imigrantes em Portugal. Por isso, em vez de os maltratar, devíamos acarinhá-los, e aceitá-los no nosso meio, como outros nos aceitaram (e continuam a aceitar).
Os portugueses têm de se deixar de egoísmos. No final ainda temos a lucrar com a nossa boa vontade.
A imigração vai ser um dos temas mais importantes com que a Europa se vai debater nos próximos tempos. Portugal é disso exemplo.
Fomos (e somos) um país de emigrantes. As reduzidas possibilidades económicas do país, ao longo do século XX, levaram a que muitos milhões de portugueses saíssem do seu país de origem, e rumassem ao desconhecido, na busca de um futuro melhor para si e para os seus. "Invadiram" a França, o Canadá, e muitos outros países.
Vivemos durante muito tempo do trabalho que nos era dado pelos outros. Estávamos a roubar o trabalho dos outros? Estávamos a piorar as condições de vida dos autóctones para podermos nós melhorar a nossa? Eramos criminosos?
Claro que não. Nós trabalhavamos para singrar na vida, e eles empregavam-nos porque fazíamos o que eles não queriam, e eramos empregados honestos e responsáveis.
E agora?
Agora o fluxo é contrário. Apesar de continuarmos a ser um país de muitos emigrantes, começamos a ser também um país de imigrantes. Do Brasil, dos PALOP, agora dos países do Leste (moldavos, ucranianos...), pessoas - muitas delas com formação académica - fogem dos seus países na busca do mesmo que nós buscávamos: melhores condições de vida.
E que fazemos nós?
Queixamo-nos de que nos roubam o emprego. De que fizeram aumentar a criminalidade.
Será isto justo?
Em minha opinião, nem pensar. Os imigrantes são hoje importantíssimos para o nosso país, assim como para a Europa como um todo (como bem lembrou o Governador do Banco de Portugal, Vitor Constâncio). Precisamos deles para:
1. fazerem o que nós não fazemos;
2. descontarem para a segurança social para ajudarem a pagar as nossas reformas;
3. pagarem impostos para enriquecer o país.
Há dias vinha no Público uma notícia que informava do acréscimo económico que significou a presença dos imigrantes em Portugal. Por isso, em vez de os maltratar, devíamos acarinhá-los, e aceitá-los no nosso meio, como outros nos aceitaram (e continuam a aceitar).
Os portugueses têm de se deixar de egoísmos. No final ainda temos a lucrar com a nossa boa vontade.