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26.1.04

Miklos, o 29

A morte a sorrir, chegou sem contar
(Mas já alguém avisou
quando vai ela chegar?)

Desamparado no campo, o seu momento chegou
(Mas haverá momento
para dizer que acabou?)

Nosso jardim incompleto, perdemos uma flor
(Mas alguma vez se conseguirá
acabar de vez com a dor?)

Segue um abraço forte e (e)terno. Que tudo te corra bem por aí. Até sempre, até qualquer dia...

22.1.04

Imigração

A imigração vai ser um dos temas mais importantes com que a Europa se vai debater nos próximos tempos. Portugal é disso exemplo.

Fomos (e somos) um país de emigrantes. As reduzidas possibilidades económicas do país, ao longo do século XX, levaram a que muitos milhões de portugueses saíssem do seu país de origem, e rumassem ao desconhecido, na busca de um futuro melhor para si e para os seus. "Invadiram" a França, o Canadá, e muitos outros países.

Vivemos durante muito tempo do trabalho que nos era dado pelos outros. Estávamos a roubar o trabalho dos outros? Estávamos a piorar as condições de vida dos autóctones para podermos nós melhorar a nossa? Eramos criminosos?

Claro que não. Nós trabalhavamos para singrar na vida, e eles empregavam-nos porque fazíamos o que eles não queriam, e eramos empregados honestos e responsáveis.

E agora?

Agora o fluxo é contrário. Apesar de continuarmos a ser um país de muitos emigrantes, começamos a ser também um país de imigrantes. Do Brasil, dos PALOP, agora dos países do Leste (moldavos, ucranianos...), pessoas - muitas delas com formação académica - fogem dos seus países na busca do mesmo que nós buscávamos: melhores condições de vida.

E que fazemos nós?

Queixamo-nos de que nos roubam o emprego. De que fizeram aumentar a criminalidade.

Será isto justo?

Em minha opinião, nem pensar. Os imigrantes são hoje importantíssimos para o nosso país, assim como para a Europa como um todo (como bem lembrou o Governador do Banco de Portugal, Vitor Constâncio). Precisamos deles para:

1. fazerem o que nós não fazemos;
2. descontarem para a segurança social para ajudarem a pagar as nossas reformas;
3. pagarem impostos para enriquecer o país.

Há dias vinha no Público uma notícia que informava do acréscimo económico que significou a presença dos imigrantes em Portugal. Por isso, em vez de os maltratar, devíamos acarinhá-los, e aceitá-los no nosso meio, como outros nos aceitaram (e continuam a aceitar).

Os portugueses têm de se deixar de egoísmos. No final ainda temos a lucrar com a nossa boa vontade.

21.1.04

Brilhante

Palavras de Azeredo Lopes, no momento da revelação do nome de Gomes Canotilho como vencedor do Prémio Pessoa:

"Há escolhas que, mais do que prestigiarem a pessoa premiada, prestigiam afinal o prémio atribuído."

(lido na também brilhante crónica de Paulo C. Rangel de hoje, no Público)

20.1.04

A Economia das Telecomunicações

Espero começar, amanhã, a ler algumas coisas para decidir exactamente qual vai ser o tema da tese. "Handbook of Telecommunications Economics, Volume I", de Martin Cave (e outros), será o primeiro livro a ler. Poderá ser um livro para guardar, daqui a uns anos, com a marca: "O início da caminhada"!

Terá de ser algo novo. "Um doutoramento é uma contribuição sua com algo novo para a Humanidade", como hiperbolicamente (ou se calhar não, quem sabe...) lhe chamava o outro. Pergunto-me se estarei à altura de tal desafio. Sem presunção, acredito que sim. No entanto...

...vão aparecer momentos em que acho que não consigo...
...vão aparecer momentos em que penso que cheguei a um beco sem saída...
...vão aparecer momentos de angústia, frustração, dor...

Mas contra eles lutarei, como se deve lutar para debelar a adversidade. Como sempre se tem de lutar para conseguir chegar lá, por esse caminho que acreditamos ser o certo.

Deixar algo de novo é, como os avanços tecnológicos, científicos, culturais e sociais de hoje, muito difícil. Parece que já tudo foi descoberto. Mas a verdade é que não. A máxima de Sócrates "Só sei que nada sei" é cada vez mais actual, e quanto mais se aprende, quanto mais se descobre, menos se sabe.

Os corpos são mortais, as vidas são finitas, perdura apenas a memória. Terei vontade de deixar memória minha por muito tempo, ou quererei desaparecer com o meu corpo? Pergunta difícil, louca até, para a qual nem sequer tento resposta, pelo menos agora.

A tese é um desafio, apenas. Pelo menos para já. Se será memória? Que o seja dos bons tempos que viverei para ela. Fica o desejo.

19.1.04

Da Física à Vida

Ando às voltas com a Mecânica Quântica. Aquilo que surgiu para explicar o que a de Newton não explicava...

Já não lhe pegava há uns tempos. Bandas de energia, efeito fotoeléctrico, muita coisa. Este site faz uma breve passagem sobre algum destes temas, de uma forma ligeira.

Tenho à minha volta livros, sites, folhas soltas. Tantas vidas que passaram por aqui, transformadas em palavras. Palavras que se tornaram Vida em quem as lê. Faz pensar:

No fundo é tudo uma troca de mensagens, no fundo tudo é uma partilha de Vida.

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