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12.10.03

As excepções injustas

Finalmente alguém contra os regimes de excepção para entrada na Universidade. Finalmente alguém com coragem para assumir que estes são uma "desigualdade absoluta e legal a que os juristas estão desatentos": António Barreto. Condições iguais para todos. Isso sim é justiça.

9.10.03

Referendo à Constituição Europeia


O nosso Primeiro Ministro, e o seu Governo, lançaram o dia das Eleições Europeias, em Junho de 2004, como possibilidade para a realização de um referendo à actual proposta de uma Constituição Europeia, elaborada por um conjunto de personalidades presidida pelo antigo Presidente Francês, Valery Giscard D'estaigne.

Compreende-se muito bem a escolha. O objectivo é, pura e simplesmente, garantir que o "sim" vencerá estrondosamente. E porquê? Porque os eleitores vão votar num partido para as eleições europeias , e assim, votarão tendencial e "inadvertidamente" na posição do seu partido.

Ora é reconhecido que todos os partidos vão fazer pressão pelo "sim", à excepção do PCP. Esta é das matérias onde quase todos os partidos estão de acordo. Mas não será esta uma forma enviesada de fazer um referendo (como indica Pacheco Pereira na sua crónica de hoje no Público)?

Pode ser que não, até porque considero positivo aproveitar-se o "2 em 1", de forma a tentar garantir uma maior afluência às urnas (independentemente do voto), que é importante para a boa imagem de Portugal na Europa.

Mas pede-se uma coisa aos Srs. políticos e governantes: Por favor informem o povo. Por favor esclareçam o que é que está em causa com a proposta Constituição Europeia. Por favor explicam-lhes o que é o "directório". É que votar por votar, votemos pela nossa cabeça.

8.10.03

Truques e dicas - MSN Messenger

Ha alguns dias que tenho estado com dificuldade em encontrar uma fotografia no meu PC. Tirei-a com uma máquina digital, e tinha-a no directório "My received files", do programa MSN Messenger 6. No entanto, às vezes resolvo fazer uma limpeza a esse directório, e apaguei essa imagem. Mas nunca mais me lembrei...

Essa fotografia, tirei-a para a colocar, exactamente, no Messenger. E lá estava ela. E continuou a estar depois de eu a ter apagado do directório anteriormente referido.

Agora queria colocar uma fotografia na página do grupo de investigação (Grupo de Sistemas de Banda Larga), e resolvi colocar essa. Fiz uma busca no meu PC, e nada. Não a achei. Mas ela tinha de estar em algum lugar da memória do computador, já que o Messenger a continua a usar!!

Situação estranha.

Pus-me à procura da fotografia durante alguns dias: por nome, através da pesquisa exaustiva dos directórios do Messenger, e nada.

Até que a descobri. Ou melhor, não descobri a original, essa foi mesmo apagada (como referi no início). Descobri foi o ficheiro temporário onde o Messenger guarda as fotografias que usa (umas versões mais reduzidas, como aparece no canto inferior direito). Assim, fica em:

Documents and Settings//Application Data/Microsoft/MSN Messenger

Dentro deste, encontram outros directórios. É procurar, um a um, e dentro desse estará ainda um outro directório: User Tile. Aí encontram-se vários ficheiros temporários (extensão tmp). É procurar um a um. Isso são as imagens do Messenger.

7.10.03

Total "recall"

Neste momento, no mais rico Estado dos EUA, a Califórnia, vai-se a votos. É o chamado "recall".

É uma peça democrática extraordinária. Neste Estado, se a população estiver insatisfeita com o seu Governador, pode convocar um referendo para o destituir. Isto é uma verdadeira ferramenta democrática. Se bem que tem 2 "senãos", que merecem referência:

1) Para convocar um referendo destes é preciso muito dinheiro. Não é só o povo querer, e já está. Não. É preciso que se consiga juntar perto de 1 milhão de assinaturas, o que é complicado (porque 12,5% - penso - da população que votou nas últimas eleições tem de assinar). Desta vez um sr. multimilionário esteve disposto a gastar o dinheiro necessário, e contratou um grupo de pessoas para arranjar as assinaturas necessárias. Parece que arranjou quase o dobro do que precisava.

2) Há ainda um problema democrático (que penso ser grave). Repare-se no seguinte: Quando se vai a votos neste referendo, tem de se colocar cruzinha em 2 papéis. Um a perguntar se aceitam a destituição do Governador actual. Outro a perguntar qual o novo Governador em quem votam. O problema é este: Para destituir o Governador é preciso obter mais de 50% dos votos. Isso significa que, se 49% da população não quiser a destituição, o Governador é mesmo assim deposto. A seguir, o candidato mais votado é escolhido (e acrescente-se que o Governador que está em "julgamento" não pode ser candidato), e como não precisa de maioria absoluta (há 133 candidatos...), pode sê-lo com, por exemplo, 30% dos votos.

Então imagine-se o cenário seguinte: o Governador actual é exonerado, mas tinha 49% de votos a favor. Ou seja, 49% da população estava com ele. E o candidato que vence (por exemplo o Arnold), consegue-o com 30% dos votos.

Conclusão:

1) 49% da população queria o actual Governador.
2) 30% querem o Arnold.
3) Arnold é o novo Governador.

A democracia tem destas coisas. Mas, ainda que com as suas imperfeições, é o melhor sistema governativo que há.

Teste
Um teste para ver se está tudo funcional...

6.10.03

Informalidades

Segundo a McKinsey, o problema de Portugal são as "informalidades". Tem de se concordar. De facto Portugal não é um país de gente formal. É pessoal que gosta de tratar dos assuntos informalmente (apesar de às vezes andar vestido formalmente...). Até a nossa burocracia é informal! Já a experimentaram?

E até os nossos ministros são informais. Ministros, e ex-ministros (agora). Pois é: o Pedro Lynce, nosso Ministro da Ciência e Ensino Superior, foi apanhado na teia da "informalidade". Tratou um caso excepcional (de uma excepcionalidade) de forma informal, e foi abaixo. Ele até nem estava a ser mau ministro. Gostei da atitude nas propinas: é bom que se descentralize, é bom que se deixem decisões importantes nas mãos dos orgãos universitários. É bom serem as Universidades a decidirem o valor das propinas. E o valor destas? É justo?

O valor mínimo das propinas ronda os 600€, penso que não chega a isso (mas não tenho a certeza absoluta do valor). Antes desta reforma o valor era menor, era o valor do salário mínimo. No entanto, não esqueçamos que um estudante, em média (tendo em atenção que a diferentes cursos correspondem diferentes custos), custa perto de 5000€/ano! Um valor de propina que é pouco mais de 10% deste valor é muito?

Como diria Einstein, é relativo. Para uma família que viva do salário mínimo, que tenha um ou mais filhos a estudar, é um encargo enorme. Por isso é importante que funcionem (como aliás parece acontecer) as bolsas para estudantes carenciados. Porque para os outros, que felizmente é a maioria, os que podem pagar, devem fazê-lo. E se calhar até se poderia ir mais adiante: distinguir valores de propinas em função de 1) custo aluno/ano por curso e 2) rendimento familiar. Assim, e começando de trás para a frente: (tendo em conta o ponto 2) anterior) quem pudesse pagava mais, quem não pudesse pagava menos (ou nada). Além disso, (tendo em conta o ponto 1) anterior) as Universidades que apostassem em cursos de custos mais elevados, receberiam mais. Talvez desta forma acabasse a enorme oferta de cursos baratos, que não são necessários em tanta quantidade (por exemplo Direito) e houvesse maior oferta nas áreas de maior necessidade: Tecnologias da Informação e Comunicação, Medicina, etc.

Mas com a informalidade que vinga neste país, com as "cumplicidades" dúbias dos nossos governantes, com as "cunhas" que ainda são o melhor currículo que se pode arranjar, torna-se muito complicado crescer como país.

4.10.03

Mudanças
Pela primeira vez estou a escrever acompanhado. E estou a testar remodelações no Blog. A ver vamos se fica mais "eu".

3.10.03

Escrever num blog

Veremos se é desta que começo a escrever com regularidade. O facto de não ter escrito nos últimos tempos significa bastante para mim. Deu-me a conhecer uma faceta de mim mesmo que não conhecia (não por desconhecimento no verdadeiro sentido do termo, mas sim o que chamarei desconhecimento "ignorante" de mim mesmo - a compreensão da expressão fica comigo).

Via o blog como a oportunidade de deixar ao Mundo o que sinto. Até hoje, sempre apreendi conhecimentos, e poucas vezes os ofereci. Sou uma pessoa ávida da leitura, e portanto até ao surgimento deste blog a minha vida foi de "alimentação" das ideias de outros.

Claro que houve excepções, como os trabalhos que fui fazendo na Universidade, ao longo da minha licenciatura. E agora ainda mais, com a minha dissertação de Mestrado. Este último foi provavelmente o trabalho em que mais dei, de mim, qualquer coisa. Ou seja, em que mais dei a apreender. Mas confesso que pouco, muito pouco mesmo. Por isso gostava que este blog fosse a continuação desse início.

Outro facto importante foi ter dado aulas na Universidade. A minha experiência de monitor foi muito interessante, se bem que redutora (voltarei a isto adiante). Com ela (experiência) dei algo de mim aos outros, e adorei. Desta vez não era eu o receptor do conhecimento. Era o mensageiro. E isso foi uma experiência maravilhosa, que gostava de prosseguir no futuro, se oportunidades surgirem.

O facto de ter sido redutora, como escrevi, deve-se ao facto de não ser trabalho meu que apresentei nas minhas aulas. (Sendo monitor apenas tinha de seguir o guião das aulas práticas que tinha de dar.) Usei trabalho de outros que possivelmente (ou talvez não), já passaram por isto antes de mim.

Gostava de no futuro dar ainda mais de mim. Não só na leccionação, mas também na preparação de material. E não só... Mas do resto, a Vida, e este blog (espero), falará...

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